Com que veículo eu vou?

Postado em 6.5.10 por Urbanias |


Passei essa semana toda com uma dúvida: e se eu viesse de bike para o trabalho na sexta-feira? Conseguir uma resposta não é assim tão simples.

Eu, Rafael Balago, ando de bicicleta pelas ruas de SP há 7 anos, principalmente para trajetos de até 5 km. Já cruzei a cidade algumas vezes, e nunca tive nenhum acidente. Nos últimos tempos, tenho andado menos, mas ainda estou em forma.

Moro em Pirituba, distante 16 km do local de trabalho, na Vila Madalena. A maior parte do caminho é reto, apenas pela parte final, que tem a subida da Avenida Sumaré. Mesmo assim, essa subida não cansa tanto assim, principalmente por ter uma ciclovia. É uma das poucas vias da cidade que conta com um caminho reservado para bikes (ok, sempre tem gente correndo ou caminhando por ali também).

No entanto, antes de chegar lá, preciso passar pela avenida Edgar Facó, que tem uma ciclovia de passeio (cheia de curvas desnecessárias), pela Ponte do Piqueri (pontes são um problema, pois são estreitas e com entrada e saída de carros pelas alças de acesso, onde não há semáforo e atravessá-las de bike é sempre um risco - e se o caminhão não estiver me vendo?), pela avenida Ermano Marchetti, com seu asfalto detonado na faixa da direita (essa pista, onde devem trafegar as bikes, sempre apresenta problemas), o que convida a subir na calçada larga. Depois, na Lapa, ruas estreitas, de mão única, e com faixa de ônibus à direita. Assim, resta a esquerda, até que chega a hora dos coletivos trocarem de faixa, e das bicicletas fazerem o mesmo, no sentido contrário. Mais um pouco e chego na Sumaré. E sua ciclovia.

Além do caminho, um fator mais importante preocupa: o clima. Se tiver muito sol, fica mais difícil. Se correr risco de chuva no fim de tarde, pior ainda. Tem ainda a questão do vento: se ele vai estar contra ou a favor. É praticamente uma loteria.

Uma loteria, sim, mas com alguns prêmios garantidos: a sensação da chegada, depois da pedalada, é sempre muito gostosa. Dizem que é por causa da tal endorfina. E, na volta, ao deixar pra trás aquele mar de carros e ônibus lotados, a sensação de liberdade e agilidade é incrível. Ao chegar em casa, a disposição para o fim de semana certamente estará garantida. E com história pra contar.

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