Falta de respeito

Postado em 9.6.10 por Urbanias |



Nesta semana, o especialista Cristiano Maciel, pós-graduado em Gestão Urbana, analisa o problema do excesso de barulho nas cidades. Confira abaixo:

O que causa esse problema?

Poluição sonora é, certamente, um dos maiores problemas das cidades contemporâneas. Não podemos deixar de lembrar que vivemos em comunidade e, diariamente, estamos trocando informações, conhecendo pessoas, encontrando amigos e nos relacionando com a natureza. Para tanto, esta interação precisa ser realizada em harmonia com o espaço privado de cada indivíduo.
Qualquer pessoa, ao ser questionada sobre o barulho que mais incomoda, destacará uma infinidade de itens propagadores de ruído. Muitas são as reclamações: o som emitido pelo culto das igrejas; a disputa de equipamentos de som em carros estilizados; os bares com música ao vivo; as festas comunitárias de bairro; as buzinas dos caminhões que trafegam em áreas residenciais; as motos com escapamento “aberto” emitindo sons assustadores ; carros e motos de propaganda do comércio local com seus poderosos ALTO falantes, entre outros.
Há quem reclame, também, do latido do cão do vizinho, do papagaio da vizinha, dentre outras reclamações de barulhos provocados por animais domésticos . Porém, nós, seres humanos, somos capazes de conter o nosso ímpeto em fazer barulho, já os animais, não.
É preciso mostrar à população que o barulho incomoda, faz mal à saúde e existem regras de convivência para tratar deste assunto.

Quais são as conseqüências?

Hoje encontramos uma grande propagação de ruídos intensos, lesivos e constantes, que aos poucos provoca irritação, desgaste emocional, e danos irreversíveis ao aparelho auditivo do ser humano.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, OMS, qualquer ruído acima de 55 decibéis pode ser considerado nocivo à saúde.
Além de proporcionar distúrbios emocionais e irritação, a poluição sonora pode provocar situações deselegantes entre vizinhos, caso ocorra algum problema em relação ao barulho promovido em áreas habitadas por um grande número de pessoas. Portanto, além de atrapalhar o repouso, o descanso das pessoas, o barulho pode ser motivo de brigas e discussões entre vizinhos - o que não é nada saudável.

Como resolver?

Algumas atitudes podem ser tomadas pelo poder público para buscar uma solução civilizada no trato da poluição sonora. Aplicar punições apenas não basta. È preciso informar as pessoas sobre certas regras de convivência. Educar é a palavra de ordem para resolvermos este entrave tão comum nas pequenas, médias e grandes cidades.
É preciso que cada município atualize o código de postura para tratar deste assunto que, de tempos em tempos, pode ter a lista dos agentes causadores de ruídos ampliada.
Estipular limites sonoros no período diurno e no período noturno- em decibéis- também pode ser uma atitude correta, desde que o poder público fomente uma ação austera e possua uma equipe preparada (equipada), para agir sempre quando for solicitada.
A conscientização é a melhor política para resolver esta questão, pois muitas pessoas infringem a lei pela simples falta de informação. É preciso mostrar que o barulho incomoda, faz mal à saúde e existe lei para regular isso.
Que me perdoem os barulhentos, mas respeito é fundamental para uma vida saudável em comunidade.
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